Estudo mostra alto consumo de Whey protein e creatina entre adolescentes e fala dos riscos do uso indiscriminado
Após analisar o que levou a adição desses suplementos a dieta diária dos participantes, metade dos entrevistados afirmaram que criadores de conteúdo digital são o maior motivo de utilizarem, mas a comunidade fitness e amigos também representaram uma grande influência. Dois terços dos participantes alegaram que buscam informações sobre creatina e whey protein em sites.
A pesquisa também apontou que os homens tendem a se informar sobre os suplementos por fóruns e redes sociais como o Youtube, enquanto as mulheres costumam pesquisar pela opinião de especialistas na área. É importante lembrar que no Canadá, a legislação sobre suplementos alimentares é fraca e não há qualquer restrição nas redes sociais em relação ao tema.
Dentro dos dados da pesquisa, foi relatado pelos próprios consumidores, efeitos colaterais percebidos depois do uso dos suplementos, dois terços alegaram que sofreram ao menos um sintoma do uso indiscriminado de whey protein e creatina, como a fadiga, problemas digestivos e cardiovasculares.
O alerta final veio quando foi constatado que entre os entrevistados que sentiram tais feitos colaterais, 87,8% não procuraram ajuda médica e apenas 9,8% entenderam o uso excessivo de tais suplementos como possível causa dos sintomas, o que confirma a hipótese de o seu uso ser visto como inofensivo, o que gera preocupação entre especialistas quanto ao descuido na frequência de consumo e nas quantidades utilizadas.
Após o estudo, pesquisadores concluíram alertando que é necessária uma regulamentação na propaganda de tais substâncias, principalmente nas redes sociais, pois ainda não se tem estudos que convalidem que o uso sem orientação especializada, não apresente riscos para a saúde.