Emagrecimento rápido leva ao efeito sanfona
Já é comprovado, taxativamente através de estatísticas, que o emagrecimento rápido leva ao efeito sanfona. O efeito sanfona é caracterizado pela rápida recuperação do peso perdido após um emagrecimento rápido. Mas o que seria emagrecimento rápido? Uma redução acima de 4kg dentro de uma espaço de tempo de 4 semanas, acompanhada de históricos de oscilações no peso corporal ao longo do tempo.
Estudos mostram que quando o emagrecimento é resultado de medidas drásticas como do uso de medicamentos e/ou dietas restritivas, sem uma mudanças nas estruturas dos hábitos que fazem com que a pessoa engorde, ou um trabalho de estimulação metabólica, com dietas que evitem o corpo entrar em sistema de economia, é certo que o indivíduo voltará a engordar tão logo suspenda os remédios ou abandone a dieta. Como remédios e dietas restritivas são medidas impossíveis de serem mantidas a longo prazo, o efeito sanfona se consolida.
Mas porque isso ocorre? Por qual razão quem emagreceu não consegue manter o resultado por mais tempo? Veja abaixo algumas razões pelas quais o emagrecimento rápido pode contribuir para o efeito sanfona:
1. Perda de massa muscular: Dietas muito restritivas ou uso de medicamentos que suprimem a fome, podem levar a perda não apenas de gordura, mas principalmente de massa muscular. Quando a redução é maior que 1 kg por semana, estudos mostram que o corpo responde consumindo o seu próprio tecido magro como fonte de energia, devido a dificuldade em queimar a gordura e a ativação do sistema de defesa corporal ligado a economia de energia, como estoque de corporal de gordura. Por essa razão jejuns prolongados, em indivíduos obesos e sedentários geralmente elevam a redução de massa muscular e água e não necessariamente gordura. Esse processo já bem conhecido pela bioquímica e fisiologia, reduz o metabolismo basal, tornando mais fácil o reganho de peso quando a pessoa volta a comer normalmente.
2. Alterações no metabolismo: Dietas muito baixas em calorias podem desacelerar o metabolismo, pois o corpo tenta economizar energia. Quando a pessoa volta a comer normalmente, o metabolismo pode não se ajustar imediatamente, resultando em um excesso de calorias que são armazenadas como gordura. E quando isso ocorre com oscilações entre fazer jejuns e comer muito e compulsivamente, essa alteração metabólica fica ainda mais acentuada.
3. Desequilíbrios hormonais: Dietas extremamente restritivas podem afetar os níveis hormonais, como os hormônios que regulam a fome e a saciedade. Isso pode levar a uma maior propensão para comer em excesso quando a restrição alimentar é interrompida. Daí o conceito de que a restrição leva a compulsão alimentar, não só por um fator psicológico mas também por alteração hormonais.
4. Aspectos psicológicos: Dietas muito rigorosas podem desencadear sentimentos de privação e compulsão alimentar. Após um período de restrição severa, a pessoa pode sentir uma forte vontade de comer alimentos anteriormente restritos, o que pode resultar em excessos e ganho de peso. Ou ainda quando se deixa de comer por um tempo algo que gosta, o retorno deste alimento ao prato é quase certo que seja em quantidades bem acima das habituais.
E como evitar o efeito sanfona? Sabe-se que adotar estratégias de emagrecimento sustentáveis e saudáveis é o caminho mais eficiente a seguir:
- Opte por uma perda de peso gradual, o lema é paciência: Em vez de buscar uma perda de peso rápida, é mais recomendável reduzir o peso de maneira gradual e sustentável. Isso permite que o corpo se ajuste gradualmente às mudanças.
- Siga uma alimentação balanceada que consiga ser mantida e não ative a compulsão: Manter uma dieta equilibrada, rica em nutrientes, e não apenas focada na redução de calorias é a melhor estratégia. Isso ajuda a manter o metabolismo saudável e evita carências nutricionais.
- Faça Exercício físico regularmente, como um hábito de higiene diário: Combine uma alimentação saudável com atividade física regular. O exercício ajuda a preservar a massa muscular e a manter o metabolismo ativo.
- Busque Mudanças de hábitos permanentes e não dietas de curto prazo: Em vez de adotar dietas temporárias, busque fazer mudanças de hábitos alimentares e estilo de vida que possam ser mantidas a longo prazo.
E claro, é imprescindível consultar um nutricionista que possa ajudar na criação de um projeto gradual e plano de emagrecimento sustentável e adequado às suas necessidades individuais, evitando os riscos associados ao efeito sanfona.